segunda-feira, 30 de abril de 2012

QUERO QUE DEUS MELHORE MINHA VIDA


É curioso como, com o passar dos anos, nossos valores mudam. Posições que ambicionávamos, conquistas que valorizávamos e pessoas que nos impressionavam, perdem seus encantos. Vamos fechando portas atrás de nós, para euforias descabidas e idealismos inconsequentes. Confesso que perdi, inclusive, a vontade de ter a última palavra sobre qualquer assunto e não me empolgo com debates que só dão uma falsa sensação de prestígio.

Esse processo começou, quando enfrentei a maior crise da minha vida e que me fez desistir de querer ser herói, conquistador. E de lá para cá, caminho cada vez mais consciente, que muito dos meus esforços lendo, estudando, trabalhando para “não perder tempo”, eram vaidade e correr atrás do vento. Olho para trás e percebo que não foi de minhas poucas conquistas ou dos reconhecimentos humanos, que obtive meus melhores contentamentos. Vieram do amor de minha família e de amigos verdadeiros; gente que não temia partilhar o mesmo jugo que eu.

Assim, tenho feito alguns ajustes. Redirecionei minha leitura bíblica. Mais do que saber os detalhes exegéticos ou técnicos, ansiei que a Palavra me levasse a uma relação mais íntima com Deus. Releio a Bíblia, procurando o coração paterno de Deus. Recompus minha vida devocional.
Talvez, a maior descoberta que faço, nesse tempo é que minha maior vocação é tornar-me mais um humano parecido com Jesus. Desejo aprender a ser generoso e sereno. Almejo rir; quero amar coisas simples; divertir-me com meus filhos, conversar com que gosto; Preciso ser mais empático com o pobre, acolher o perdido e dar minha mão para o abandonado.
Nessa jornada espiritual, perdi o medo de me desnudar e mostrar vulnerabilidade. Outrora, eu temia a censura daqueles que poderiam se escandalizar com minha fragilidade. Tentei, muitas vezes, impressionar as pessoas com discursos valentes, quando, inseguro, pedia que Deus segurasse minha mão. Receava que alguém detectasse disfuncionalidades em mim e na minha família. Acreditava que, se alguém diagnosticasse meu envolvimento no evangelho como uma maneira de resolver meus problemas pessoais, perderia toda credibilidade. Evitava contatos íntimos, para que as pessoas não notassem que eu não era tão “resolvido”, como demonstrava.
Sinto-me livre para afirmar que ainda estou em construção. Sou um projeto inacabado e não escamotearei minhas ambiguidades. Agora, quando me sentir cansado, terei liberdade de desabafar. Quando precisar lamentar, lamentarei. Quando tiver vontade de rir, rirei.

Quero seguir o exemplo de Jesus que, em nome da vida, não temeu contradizer as rígidas normas religiosas – Mateus 12.2-7; não respeitou os preconceitos sociais, quando conversou com prostitutas e acolheu gentios – Marcos 7.24-30; não teve receios de voltar atrás em sua palavra, para atender uma mulher siro-fenícia – Marcos 7.24-30. Permanecerei alerta para não me tornar um dogmático e faccioso; cego por minha obstinação.

Anseio por uma humanidade não fingida, que não tenta transformar a mensagem do evangelho em um espelho mágico, que fala o que desejo ouvir. Leio a Bíblia também contra mim. Permito que, como espada, ela penetre no mais profundo de meu ser, discernindo, inclusive, as intenções nebulosas de meu coração.
Atendo a admoestação do profeta Miquéias (6.8): “Ele mostrou a você, ó homem, o que é bom e o que o Senhor exige: pratique a justiça, ame a fidelidade e ande humildemente com o seu Deus”.
ACREDITO QUE VEM DO SENHOR, MINHA TEIMOSIA DE ACREDITAR QUE NÃO PRECISAMOS ESPERAR MORRER PARA COMEÇAR A VIVER. E COMO PASSAMOS RAPIDAMENTE, SUGIRO QUE COMECEMOS JÁ.

terça-feira, 17 de abril de 2012

AMIGO PROTETOR


“Davi, porém, continuou subindo o monte das Oliveiras, caminhando e chorando, com a cabeça coberta e os pés descalços. E todos os que iam com ele também tinham a cabeça coberta e subiam chorando... Quando Davi chegou ao alto do monte, ao lugar onde o povo costumava adorar a Deus, veio ao seu encontro o arquita Husai, com a roupa rasgada e com terra sobre a cabeça”. 2Sm 15:30-32

Imagine isso. O poderoso rei de Israel, descalço, com a cabeça coberta e chorando alto enquanto sobe o Monte das Oliveiras. Todos os que viajavam com ele também derramaram copiosas lágrimas. É uma visão trágica, mas realista.
Quem é Husai? O versículo 37 o chama de “amigo de Davi”. É só o que sabemos. O terceiro amigo que protege Davi é o arquita, Husai. Quando ele encontrou-se com o rei, seu manto estava rasgado e sua cabeça coberta de terra. Era isso que as pessoas faziam naqueles dias para expressar falência total. Era como se estivessem dizendo: Nada sobrou. Estou acabado. Estou falido. – Para Davi estas eram marcas de sua compaixão por ele, Davi. E Davi percebeu isso imediatamente. Algumas vezes quando o sofrimento é muito grande e o seu amigo “Husai” chega e o envolve com a sua presença. Esse abraço cordial, sem palavras, diz tudo o que precisa ser dito. Ele está ali. Nenhum sermão. Nada de grandes mensagens ou versículos e é até possível que nem sequer ore. Um abraço apertado diz tudo.

“Quando Davi chegou a Maanaim, Sobi, filho de Naás, de Rabá dos amonitas, Maquir, filho de Amiel, de Lo-Debar, e o gileadita Barzilai, de Rogelim, trouxeram a Davi e ao seu exército camas, bacias e utensílios de cerâmica e também trigo, cevada, farinha, grãos torrados, feijão e lentilha, mel e coalhada, ovelhas e queijo de leite de vaca; pois sabiam que o exército estava cansado, com fome e com sede no deserto” 2Sm 17:27-29

Davi se encontra com estes homens ali no meio do nada. Estes três cuidam como anjos de Davi e dos que com ele estavam. Fornecem toda a comida e suprimentos necessários ao povo, que se encontra no deserto.
No momento em que você está faminto, cansado, sedento, no deserto, é que um amigo o auxilia. Você nem sequer tem de pedir. Quando possui um amigo assim, ele sabe que você está com fome, com sede e cansado. Isto é fé em ação. Isto é cristianismo.

Sobi, um dos filhos de Amon, poderia ter dito: Davi lutou com o meu povo e ele foi muito cruel. Não levarei nem um pedaço de pão a ele.

Maquir, era filho de Amiel, de Ló-Debar. Foi ele quem recebeu Mefibosete em sua casa. Maquir era o tipo de pessoa que cuida dos que passam necessidade. Ele poderia ter pensado: Eu já cumpri o meu dever, fiz a minha obrigação. Davi terá que cuidar de si mesmo.

Barzilai já tem 80 anos e poderia ter pensado: Estou aposentado e velho, esse rapaz terá que sofrer mais par aprender...

EM VEZ DISSO, ELES SE JUNTAM, TRABALHAM DURO E AJUDAM DAVI, SEU AMIGO QUE PASSAVA DIFICULDADES. QUE HOMENS ESTUPENDOS! NENHUMA REMUNERAÇÃO. NENHUM APLAUSO. APENAS AMIGOS FIEIS, ATÉ O FIM.

“Toda a terra chorava em alta voz; e todo o povo e também o rei passaram o ribeiro de Cedrom, seguindo o caminho do deserto. Eis que Abiatar subiu, e também Zadoque, e com este todos os levitas que levavam a arca da Aliança de Deus; puseram ali a arca de Deus, até que todo o povo acabou de sair da cidade”. 2Sm 15:23-24

Zadoque e Abiatar são mais duas árvores que se apresentam para abrigar Davi. Estes dois homens são levitas e carregam a arca da aliança. Eles colocam no chão a arca pesada e sagrada e fitam Davi, dizem: - para onde vamos daqui? Estamos com você, Davi. Estivemos sempre com você. Estes homens são sacerdotes, representantes de Deus e ministram na casa de Deus.

Então, disse o rei a Zadoque: Torna a levar a arca de Deus à cidade. Se achar eu graça aos olhos do SENHOR, ele me fará voltar para lá e me deixará ver assim a arca como a sua habitação. Se ele, porém, disser: Não tenho prazer em ti, eis-me aqui; faça de mim como melhor lhe parecer. 2sm 15:25-26.
Que espírito disciplinado e humilde de Davi. É assim que se vence o vento das consequências. – Senhor se decidires acabar comigo, não há problema. Mas, se por outro lado quiseres usar-me, fico feliz. O que quer que aconteça, entrego meu futuro em tuas mãos. Ele sabe que a arca não lhe pertence e, por temor e reverência, coloca tudo a disposição de Deus. Zadoque e Abiatar não discutem, nem resistem. Às vezes, quando você estiver em profunda dificuldade, haverá alguns amigos que lhe dirão: - Farei o que você quiser. Conte comigo. Sem que ninguém fique sabendo de coisa alguma a respeito deles, estarão agindo em seu benefício. Eles se posicionaram na linha de frente – um lugar não muito agradável – protegendo-os dos tiros, cobrindo-o e enconrajando-o pelo simples fato de estarem presentes. Pode ser que algumas pessoas trabalhem contra eles; pode ser que eles sejam derrotados por aqueles que viraram contra você... Mas estarão lá, bem próximos. Eles são amigos.

A SOMBRA DE UM AMIGO


“Tendo, pois, saído o rei com todo o povo após ele, pararam na última casa”.


O primeiro amigo é Itai (1Sm 15:18-19). Esta é a primeira vez que seu nome é citado na biografia de Davi. Ele é um amigo do rei, mas nunca foi destacado até que a crise chegou. Davi parou na última casa e não havia mais trono, nem glória. De repente este homem sai da floresta e diz: Davi, conte comigo. Vou com você até o fim. O mais surpreendente é que ele era da cidade de Gate – cidade de Golias. Ao invés de odiá-lo, porém, eles passaram a gostar de Davi. E quando ele foi posto contra a parede, Itaí diz: Vou ficar ao seu lado meu amigo. Aconteça o que acontecer, estou aqui – Esse é um amigo verdadeiro. Uma árvore com ramos grossos, muita folhagem e tronco sólido. Davi diz: Vá embora! Esta é a sua oportunidade de fugir. Volte. (versos 20-21). Adeus irmão. Siga o seu caminho, a vida para onde vou não vai ser fácil. Mas amigo é assim: “Davi, se enforcarem você, vou por meu pescoço no laço junto ao seu. Se o mundo inteiro se voltar contra você, vou defendê-lo. Não vou chuta-lo quando estiver no chão. Se sentir vontade de chorar, gritar, não se constranja por mim. Respeito sua dor”.
O admirável é que algumas vezes a pessoa que se aproxima da gente assim é um sujeito de Gade. Alguém que antes não era muito amigo.

UM REI QUE PRECISA DE AMIGOS
 "Árvore protetora” assim poderia ser chamada uma amizade.

A situação de Davi era a seguinte: Pessoalmente estava cheio de culpa – Ele cometera adultério com Bate-Seba e depois matara o marido dela. Por causa disso viveu muitos meses como um hipócrita. A culpa o corroia. Os salmos 32 e 51 confirmam isto; Domesticamente seu lar estava destruído – Ira, amargura, incesto, assassinato e rebelião entre seus filhos agora crescidos culminaram na conspiração liderada por Absalão contra ele. Existe sofrimento pior do que os conflitos familiares? Politicamente, Davi perdeu sua autoridade e respeito do povo como líder – Ele não somente havia perdido o contato com sua família, como também o número de críticos crescia no país. Seu prestígio fora apagado.
Imagine a cena. O antes poderoso rei Davi andando aos tropeções pelo palácio, jogando algumas coisas numa mala, preparando-se para fugir do próprio filho. Depois de todos aqueles anos, ele está novamente fugindo para salvar sua vida. Tudo se repete.
Se havia um homem que precisava de uma "Árvore protetora" era Davi. Ele vai deixando a grande cidade de Sião – a cidade que levava seu nome, a cidade de Davi. Ao chegar ao final dela, na derradeira casa, ele parou e ficou observando a metrópole dourada que vira Deus construir nos últimos anos. Seu coração devia estar partido enquanto ficava ali olhando para trás, com a mente repleta de lembranças.
Davi precisava de um amigo. De uma árvore protetora. Alguém que dissesse: Estou aqui com você! Não tenho todas as respostas; mas, posso assegurar-lhe isso, meu coração quer o melhor para você. – Quando as coisas vão mal, não há ninguém para firmar você e a sua armadura não resiste, não há mais muletas para se apoiar, nenhuma reputação à qual se apegar, e todas as luzes estão se apagando...
DEUS DEU 8 “ÁRVORES PROTETORAS PARA DAVI, 8 AMIGOS NA NECESSIDADE.
Continua na próxima postagem...

segunda-feira, 16 de abril de 2012


OS IMPERDOÁVEIS:
Moisés por ter cometido assassinato!
Davi por ter cometido adultério e assassinato!
Pedro por ter negado sua fé e praguejado!
Paulo por assassinato, por perseguir os cristãos e o próprio Jesus!
Eu, por não me considerar melhor que nenhum destes outros!
EXISTE PERDÃO EM JESUS.
“Aonde abundou o pecado, superabundou a Graça”.

SEMPRE FIEL


NÃO É COMO ELE SE PARECE QUE IMPORTA... MAS QUEM DE FATO ELE É.

Ele ampara, socorre, ainda que desfaleçamos em nossa maldade...
Ele cura e alivia toda dor. Ele sabe que precisamos dEle, mais do que admitimos...
Ele nos ama como nunca fomos e nem jamais seremos...
Ele é a razão de qualquer virtude que alguém pode ser encontrar em nós...
Ele não ameaça, não intimida, não envergonha, não zomba, não dilapida...
Ele acrescenta, acalma, libera, honra, afirma, ilumina...
Ele assiste a pessoa agredida, ampara o defraudado...
Ele não toma partido, defende todos que esperam por Ele...
É verdade que sua bondade constrange, é verdade que seu infinito amor confunde, é verdade que no lugar dEle, sem ser Ele deixaríamos de fazer muitas coisas que Ele faria e também faríamos muitas outras que Ele jamais, nem sequer pensaria em fazer.

EM JESUS SEMPRE ENCONTREI SOCORRO, AINDA QUE FLAGRADO COM O MARTELO E OS PREGOS NAS MÃOS...


sexta-feira, 13 de abril de 2012


A GRAÇA DE DEUS É IMENSURÁVEL, INSUPERÁVEL, INDESCRITÍVEL. EM ALGUNS CASOS... ELA SE TORNA INACEITÁVEL E ATÉ INACREDITÁVEL.

Tenho meditado a respeito das histórias da Graça contadas por Jesus para deixar seu significado filtrar-se. Percebo como o véu da “des-graça” obscurece minha visão de Deus. Por exemplo:
-Uma dona de casa saltando de alegria pela descoberta de uma moeda perdida não é o que vem naturalmente à mente quando penso em Deus. Mas essa era a imagem na qual Jesus insistia;

-A história do filho pródigo, afinal, aparece numa série de três histórias – a ovelha perdida, a moeda perdida, o filho perdido – todas destacando o mesmo ponto. Cada uma delas destaca o sentimento de perda, fala da alegria da redescoberta e termina com uma cena de júbilo. Jesus esta dizendo: “Você quer saber como é ser Deus? Quando um desses humanos me dá atenção é como se eu tivesse acabado de encontrar minha propriedade mais valiosa, que eu considerava perdida para sempre”. Para Deus é como se fosse a descoberta de toda uma vida.

Sobre as “redescobertas” – é enigmático. Mas a redescoberta pode tocar-nos mais profundamente do que a descoberta. Perder e depois achar um bem adquirido com custo torna o proprietário mais feliz do que no dia em que adquiriu.

A GRAÇA É CHOCANTE. Deus se regozija. Deus celebra. Ele faz festa. Não porque os problemas do mundo foram resolvidos, não porque todo sofrimento e dor da humanidade acabaram, não porque milhares de pessoas estão indo para uma igreja. Não, Deus se regozija porque um dos seus filhos que estava perdido foi achado. Detalhe, se era filho, já tinha experimentado o amor do Pai. Jesus não fala de tempo da ignorância, mas de redescoberta mesmo.

Jesus não nos contou essas parábolas para nos ensinar a viver. Ele estava contrapondo os religiosos que eram doutores da lei mas não eram sensíveis àquilo que fazia Deus feliz. Ele também estava discipulando seus seguidores. Transferindo valores e prioridades para a implantação da igreja, com o objetivo de que ela tivesse em sua base essa semente da GRAÇA. Creio que Ele as contou para corrigir nossa noção a respeito de quem Deus é e a quem Deus ama. E para que nos posicionássemos em relação a bancarmos a Sua alegria.




Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.

E começa aprender que beijos não são contratos, e que presentes não são promessas.

E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.

E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo, você aprende que o sol queima, se ficar a ele exposto por muito tempo.

E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que, não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai ferí-lo de vez em quando, e você precisa perdoá-la por isso.

Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que leva-se anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.

Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer, mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.

Aprende que não temos que mudar de amigos, se compreendermos que os amigos mudam. Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.

Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa - por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos.

Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas que nós somos responsáveis por nós mesmos.

Começa a aprender que não deve se comparar com os outros, mas com o melhor que você pode ser. Descobre que leva muito tempo para se tornar a pessoa que você quer ser, e que o tempo é curto.

Aprende que não importa aonde já chegou, mas aonde está indo; mas que, se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.

Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.

Aprende que paciência requer muita prática. Descobre que, algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute, quando você cai, é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que se aprendeu com elas, do que com quantos aniversários você celebrou.

Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.

Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes, e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não lhe dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer, não significa que esse alguém não o ame com todas as forças, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

MINHA IRA É RAZOÁVEL ATÉ A MORTE!



“Então, fez o SENHOR Deus nascer uma planta, que subiu por cima de Jonas, para que fizesse sombra sobre a sua cabeça, a fim de o livrar do seu desconforto. Jonas, pois, se alegrou em extremo por causa da planta. Mas Deus, no dia seguinte, ao subir da alva, enviou um verme, o qual feriu a planta, e esta se seco [...] Então, perguntou Deus a Jonas: É razoável essa tua ira por causa da planta? Ele respondeu: É razoável a minha ira até a morte”.

SERIA POSSÍVEL QUE O CONJUNTO DE SINTOMAS PRESENTES NA VIDA JONAS TAMBÉM SE DESENVOLVESSE EM NÓS?

Jonas está discutindo porque foi surpreendido pela graça. Ele está tão chocado que está sendo mal-educado.
Sua ideia do que Deus tinha de fazer e o que Deus faz na verdade são radicalmente diferentes. Jonas se lamenta. Jonas fica bravo. A palavra ira ocorre cinco vezes nesse último capítulo.

Jonas se inflama por causa de uma frustração infantil. O que revela é uma imaginação imatura, uma vocação subdesenvolvida. O seu erro não está na cabeça, mas no coração. Não foi um erro teológico que acendeu sua ira, mas uma pobreza espiritual. Ele conhecia seus dogmas, “pois sabia que Deus era clemente, e misericordioso, tardio em irar-se e grande em benignidade, e que te arrependes do mal”(4:2). Não, não havia nada de errado no seu conhecimento sobre Deus. Mas ele não tinha experiência nos caminhos de Deus.

O desapontamento de Jonas veio da falta de imaginação, da falta de amor.
Ele não sabia o que Deus estava fazendo, não conhecia a grandiosidade do seu amor, misericórdia e salvação. Reduziu sua vocação à sua própria realização – estar no lugar certo, na hora certa – mas interpretou tudo à luz da suas próprias ideias e desejos. Certamente o fato de ter obedecido, de ter feito o que foi chamado a fazer, era louvável. Mas ele era inexperiente nas coisas de Deus, um estranho para a graça. Tinha um programa traçado para Nínive (“Nínive será subvertida!”). Mas Deus tinha um destino a cumprir em Nínive (“... e não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive?”).

O programa de Jonas era o dedo indicador de uma criança; o destino de Deus era um gesto enorme. Jonas tinha um plano infantil que não foi aprovado;
Deus tinha um destino imensamente dimensionado que surpreendeu a todos quando foi realizado.
Jonas supôs que sabia exatamente o que Deus faria; quando Deus não o fez, ficou desapontado. Deus tinha propósitos que excediam a tudo que Jonas imaginara. Jonas achou que tinha de ir a Nínive fazer um trabalho religioso, administrar um programa religioso. Deus trouxe Jonas a Nínive para dar-lhe uma experiência com Sua graça surpreendente. A situação se inverteu; não era mais Jonas pregando para o povo de Nínive, mas o povo de Nínive pregando para Jonas, convidando-o a uma vocação bem maior do que ele imaginava.

Para Jonas, no caso de Nínive, a mensagem de arrependimento era apenas um protocolo prévio para o cumprimento da “justiça” destruidora de Deus sobre aquela nação “perdida e irrecuperável”.

Jonas parece um personagem pequeno e insignificante – satisfeito com a planta que cresce e o refresca, insatisfeito quando a planta seca e ele fica queimado pelo sol quente. COMO ELE PODE FICAR REDUZIDO A EMOÇÕES TÃO ÍNTIMAS, OBSESSÕES TÃO INSIGNIFICANTES, TÃO POUCO CONFORTO, DESCONFORTO TÃO BANAL? Aqui está um homem que esteve dentro do ventre do peixe e saiu, que se comprometeu sacrificialmente a ser um ministro fiel em Nínive, em vez de um turista narcisista em Társis.
Ele viu Nínive, sua congregação, voltar-se para Deus. E estava irritado.

Estava irritado porque as coisas não aconteceram como ele esperava. Seu programa não se cumpriu.
Não importava que por meio da sua pregação homens ouvissem e obedeceram a Deus; Jonas fora ignorado. Então Jonas estava-se lamentando, discutindo com Deus. Ele confundiu facilmente a vocação bíblica com a qual fora chamado à obra de Deus com um trabalho religioso em que usou Deus como um acessório no seu trabalho (e quando Deus não fez o que deveria, ele o repreendeu).

Como Jonas, às vezes discutimos com
Deus porque Ele não é um literalista. Enquanto fazemos o gesto do indicador ao qual reduzimos nossa vocação, Deus acena com Seus braços eternos dando Suas boas-vindas imensas e convidativas.

A HISTÓRIA DE JONAS TEM UM FINAL INACABADO: JONAS DISCUTINDO COM DEUS, E DEUS LHE FAZENDO UMA REPREENSÃO COM UMA PERGUNTA:
“E NÃO HEI DE EU TER COMPAIXÃO DA GRANDE CIDADE DE NÍNIVE?”

Qual será a resposta de Jonas? Ela não é dada. A resposta de Jonas não está na história. Mas a ausência da resposta não é uma falha literária. Aqui temos a oportunidade de darmos nossa própria resposta no lugar de Jonas.

Será que Jonas passou o resto da sua vida evitando o jeito "estranho" de Deus agir? Não sabemos o que Jonas fez depois da sua discussão com Deus. Ele voltou para Jope irado e tentou pegar outro navio par a Társis fugindo novamente da presença de Deus? Ou ficou em Nínive, vivendo na grandeza de Deus, abraçando a misericórdia surpreendente e imensurável de Deus, envergonhado pelo resto da vida por causa da discussão?

A curiosidade sobre a palavra final de Jonas nos leva a imaginar qual seria a nossa própria palavra. E não é “imaginação” no sentido especulativo, imaginando como as coisas aconteceriam conosco, mas imaginando no sentido de adoração, nossas imaginações alteradas de tal forma
POR ESSA HISTORIA DE JONAS QUE VEMOS O MUNDO IMENSO DA GRAÇA DE DEUS QUE PRIMEIRO PURIFICA E DEPOIS MOLDA NOSSAS VOCAÇÕES NO FOGO DA SANTIDADE.

quarta-feira, 11 de abril de 2012


IMPLICAÇÕES DE UMA ORAÇÃO SINCERA


SÓ POSSO ORAR...
Só posso orar PAI, se demonstrar esse relacionamento com Deus no meu dia-a-dia;
Só posso orar NOSSO, se a minha fé tem espaço para os outros e para as suas necessidades;
Só posso orar QUE ESTAIS NOS CÉUS, se não estou preso pelas coisas do mundo;
Só posso orar SANTIFICADO SEJA O TEU NOME, se me esforço com a ajuda de Deus, por ser santo;
Só posso orar VENHA TEU REINO, se estou disposto a aceitar a Palavra de Deus como regra de vida;

Só posso orar SEJA FEITA TUA VONTADE, se procuro pautar a minha vida pelos seus ensinos;

Só posso orar ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU, se quero verdadeiramente entregar-me ao serviço de Deus, aqui e agora;

Só posso orar O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DAI HOJE, se estou preparado para partilhar o que tenho com os que estão em necessidades;

Só posso orar PERDOA AS NOSSAS DÍVIDAS ASSIM COMO PERDOAMOS AOS NOSSOS DEVEDORES, se tenho disposição de eliminar todo o rancor que guardo no coração para com os outros;

Só posso orar NÃO NOS DEIXE CAIR EM TENTAÇÃO, se estou disposto a não me enroscar nas armadilhas do pecado.

Só posso orar, MAS LIVRA-NOS DO MAL, se estou preparado para combater o pecado na minha vida e com a minha oração;

Só posso orar, POIS TEU É O REINO, O PODER E A GLÓRIA PARA SEMPRE, Se estou preparado para abrir mão de construir meu próprio reino, a tentação de controlar os outros pela arrogância e me achar digno de reverência;

Só posso orar AMEM, se honestamente digo, “custe o que custar”, isso é tudo o que quero de ti.



terça-feira, 10 de abril de 2012


"O acontecimento decisivo que levou ao Renascimento ocorreu no século XIV, quando a Peste Negra assolou a Europa. Quase metade da população foi dizimada de forma rápida e terrível. Padres, bispos, nobres e cavaleiros morreram na mesma proporção que camponeses, servos, prostitutas e comerciantes. Devoção, piedade e lealdade à Igreja de nada valeram contra a peste e isto abalou a fé das pessoas de todas as condições sociais". (Michael J. Gelb em Aprenda a Pensar com Leonardo da Vinci).

DEVEMOS APRENDER O QUANTO DEPENDEMOS DA GRAÇA DE DEUS. FORA DISSO NOS TORNAMOS COMO A IGREJA IMPERIALISTA DO SÉCULO XIV. E AÍ VIVEREMOS PELA CAUSA DA RELIGIÃO. AQUELA QUE SE ENFEITA DE TUDO MENOS DAS VIRTUDES PRESENTES NO MESSIAS DE DEUS. E A PESTE QUE PODE NOS ASSOLAR É AQUELA QUE MATA O ESPÍRITO RESTAURADOR QUE HAVIA NO SENHOR JESUS – NESTE CASO, TODOS, QUALQUER UM PERECE...



segunda-feira, 9 de abril de 2012


Superar é agir com superioridade frente a um desafio ou a uma resistência.
É ter uma atitude de reação diante da imposição circunstancial.
É agir, reagir, é ter uma ação de oposição ao fracasso.
É acreditar que os limites podem ser ultrapassados porque somos mais do que aquilo que fazemos.

Superar é lutar contra o fatalismo. É não aceitar em hipótese nenhuma que há impossíveis para Deus. É se revoltar contra a mediocridade. É decidir recomeçar, reconstruir quantas vezes for necessário. É driblar os obstáculos ou saltá-los.
É não temer os prognósticos de derrota. Superação é vencer antes de lutar.

Superar é encarar a responsabilidade e os erros com objetivo de refazer a vida.
É perseverar quando outros desistem. É esforçar-se - colocar força contrária à tragédia. É persistir no objetivo, é insistir na possibilidade do triunfo. Superar é ultrapassar a linha da contenção. É dizer que tudo é possível ao que crê, mesmo  quando o que  se crê vai de encontro a toda lógica humana e existencial.

Superar é quando o fraco, diz: sou forte. Superação é nadar contra a maré, remar contra a correnteza, é içar a vela e vencer os ventos contrários. É segurar a onda e não cair da prancha. É vencer o medo, a altura, o frio, a fome, a falta, a nudez, a mutilação, a vergonha, a revolta, os demônios. É SEGUIR EM FRENTE SEMPRE EM BUSCA DO MELHOR. É acreditar no que diz a Bíblia e frisá-la quando tentado pelo pecado. Profetizando: Não somos dos que retrocede para a perdição. Superar é arcar com o custo de suas decisões sempre com perspectiva do êxito e da restituição;

Superar é viver como Jesus. É encarar todas as tragédias humanas, todas dores lançadas contra seu corpo e sua alma, e ainda assim ser livre para amar e contagiar outros com o sonho do Reino de Deus; É conhecer a natureza humana e não desistir dela; É orar pelos seus agressores injustos e indignos, pedindo ao Pai que considere o futuro que eles podem ter; É rogar por Pedro para que sua fé não desfaleça, e na hora da peneira maligna, protege-lo; Superação é transformar Saulo em Paulo.
Superação é vencer a morte e tomar a autoridade dos demônios. Superação é o destino do cristão. Nunca desistir, não se render nunca.
A SUPERAÇÃO ENCONTRA EM JESUS SUA MAIOR EXPRESSÃO!
SUPERAÇÃO É POSSÍVEL QUANDO TEMOS NOSSA VIDA PAUTADA EM CRISTO, TANTO NO SENTIDO DE VIVER COMO NO SENTIDO DE REALIZAR.
SE DEUS É POR NÓS QUEM SERÁ CONTRA NÓS? QUEM PREVALECERÁ? SE DEUS QUER ABENÇOAR QUEM PODE AMALDIÇOAR?
EU PROSSIGO PARA A SUPERAÇÃO FIRMADO NA PROMESSA DO DEUS REVELADO EM JESUS CRISTO. AQUELE QUE NÃO ENCONTRA IMPOSSÍVEIS PARA A SUAS PROMESSAS!


domingo, 8 de abril de 2012

UMA DAS MINHAS ORAÇÕES..



"Dá-me alma para te servir e alma para te amar. Dá-me vista para te ver sempre no céu e na terra, ouvidos para te ouvir no vento e no mar, e mãos para trabalhar em teu nome. Torna-me puro como a água e alto como o céu. Que não haja lama nas estradas dos meus pensamentos nem folhas mortas nas lagoas dos meus propósitos. Faze com que eu saiba amar os outros como irmãos e servir-te como a um pai."

sábado, 7 de abril de 2012

ESTÁ TUDO PERDIDO?




"Bem-aventurado o homem, SENHOR, a quem tu repreendes, a quem ensinas a tua lei. Pois o SENHOR não há de rejeitar o seu povo, nem desamparar a sua herança. Quem se levantará a meu favor? Quem estará comigo? Se não fora o auxílio do SENHOR, já a minha alma estaria na região do silêncio. Quando eu digo: resvala-me o pé, a tua benignidade, SENHOR, me sustém".

Resvalar significa escorregar ou cair por um declive; incorrer em falta. Essa sensação é comum para algumas pessoas. Sentirem-se com a alma escorregando. Sentindo-se sugadas para o mais profundo oceano, aonde não há som, voz, socorro e, nem oxigênio, apenas águas. Sentir-se afogado é sentir-se desfalecendo nos sentidos sendo entregue à morte, ao desmaio que precede a morte.
A sensação de incorrer numa falta que provoca esse declive deslizante é apavorante. Não há nada para se apegar, não há socorro, só curiosos. Mas Deus prova sua benignidade mergulhando em nosso socorro. Agindo em nosso favor muitas vezes corre o risco de ser mal interpretado. MESMO ASSIM ELE VEM. POIS PREFERE ENTRE TANTAS OUTRAS COISAS SER CHAMADO DE SALVA VIDAS !